Bebel
Bruna
Coga

Francisco
Gabi
Gil
Joana
Ligia
Mari
Moca
Rabuja
Rosana





Arquivos





segunda-feira, novembro 24, 2003  


Primeira pessoa do plural


Então me espera que eu te levo
As palavras aveludadas que você conhece
Os contornos que você desenha sem papel
Até calores confusos permearem
E me dissolverem de linho a espuma

Lascas finíssimas de nós mesmos
Resolvem faiscar em sintaxes flutuantes
Impregnadas de todas as casualidades
Que nos trouxeram até aqui:
dois anônimos sem segredos

As ações conjugadas convergem, todas juntas,
Pros improvisos vulneráveis uns aos outros
Um tango quase jazz
Isento das críticas e do resto do mundo
Que já nem existe mais

Me espera como os cabelos esperam as pontas
dos dedos que voam sem vento, povoam
Todo um território sem fronteiras
Arrastando pedaços de histórias sutis
Diluídas no tato experiente de quem sempre esteve lá

Não me deixa inventar de querer escrever
Querer qualificar, querer fosforilar
Sobre tudo aquilo que é impublicável.
Sorrisos não-interpretáveis bastam como caracterização
Desses momentos nossos vazados aqui.
   posted by Fernanda at 11:43 AM (imagens)

Comments:



Comments:


Powered by Blogger
Site Meter