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quinta-feira, setembro 25, 2003  


Perder alguém e encontrar a si própria

Não o reconheceria na rua. Nem ele me reconheceria.
Porque aprendi a tocar violino, escrevi o discurso de formatura da escola e virei acadêmica de medicina. Me apaixonei pelo jazz, descobri o cinema europeu, aprendi a dirigir, cortei o cabelo, fiz skydiving, me mudei, cuidei de filhotes de cachorro, votei no lula, ganhei muitas flores, fiz endoscopia, estourei o ligamento do tornozelo, fui gentilmente carregada pra lá e pra cá durante 1 mês, fiz amigos gays, fiz amigos alternativos, fiz amigos nerds, fiz amigos inesquecíveis, fiz pequenas loucuras por amor, fiz rafting, dei entrevista pra globo, pulei de 3 bungee jumping’s, dissequei cadáver, aprendi a colher sangue, assisti a cirurgias, fiz um blog, descobri maravilhosos escritores anônimos, fui a Minas, fui a Bahia, fui a Natal, fui à Nova Zelândia, descobri que adoro salada, comecei a comer comida vegetariana, aprendi a jogar tarot, apresentei dois amigos de infância que hoje dizem que vão se casar, descobri que adoro correr, conheci o Wando, escalei um vulcão, fiz yoga, quis fazer tatuagem, decidi aprender a surfar, me viciei em nhá benta, andei de camelo, andei ensaiando numa banda, andei mergulhando de skuba, descobri como se faz pra amar alguém com simplicidade, desejo e paciência. Tudo ao mesmo tempo.
Por isso ele não me reconheceria. Nem de longe.


(ao ver amores longínquos desabarem ao meu redor não digo nada além do óbvio: o tempo é o melhor libertador das mágoas confinadas. e de tudo aquilo que você sempre quis ser.)



Nuances de existência

Sou exatamente como sou.
Sou o que esperam que eu seja.
Sou como não admitam que eu seja.
Sou como acredito que deveria ser.
Sou o que gostaria de ser.
E o que não gostaria também.
Sou tudo aquilo que não consigo evitar e tudo o que não posso perdoar em ninguém.
Sou as pessoas que vêm e vão e me deixam impregnada de sinceridade, dor e dúvida.
Sou isso que você acha que sou e sou aquilo que você nunca pensou que eu pudesse ser.
Sou aquilo que não gosto admitir que seja e sou diferente a cada minuto que passa. A cada dia que você me liga pra me contar detalhes. A cada momento em que alguém tenta me analisar com filosofia de botequim e psicologia barata. Sou um cliché avesso a futilidades e obcecado por profundezas inatingíveis.
Sou o que afirmo o tempo todo e o que nunca tive coragem de mostrar. Mas às vezes esqueço o que sou. Como você também parece não se lembrar quem eu sempre fui e sempre vou ser.
Parece que não me conhece...
   posted by Fernanda at 12:56 PM (imagens)

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