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quarta-feira, abril 09, 2003  


Que nem


A porta da varanda aberta pra deixar a brisa entrar. Brisa que vem do mar, obviamente; de onde mais poderia ser? Penso que talvez ela preceda um temporal de madrugada. Ou talvez seja apenas uma simples brisa se intensificando. Ela me lembra uma sensação libertadora. Como aprender a andar de bicicleta. O seu corpo se emoldura magicamente numa posição perpendicular ao solo, fazendo de você a pessoa mais importante do mundo pelos próximos 5 minutos. É sempre inesquecível quando uma coisa complexa se torna tão incrivelmente óbvia. Você pedala com vontade até sentir o vento no rosto, te libertando de um medo tão infundado que chega a parecer antigo e infantil. Você se sente algo entre incrédulo e confiante enquanto se descobre capaz de se equilibrar. Nesse instante nada é falso, fútil ou imoral. Ninguém pretende se aproveitar da sua boa vontade ou das suas habilidades por questões meramente práticas e materiais. Tudo acontece simplesmente pelo prazer de acontecer. E você consegue sentir isso. Sem saber definir. Por isso que é tão bom. Pela inocência, pela simplicidade e pela leveza de todos aqueles movimentos que, somados, resultam nessa categoria indizível de liberdade.
De repente tudo isso deixa de ser somente um momento para se tornar um conceito, um termo comparativo pra várias outras pequenas coisas. Dirigir, tocar violão, fazer um bolo, beijar alguém pela primeira vez.
Hoje parece que tudo é assim: que nem andar de bicicleta.
   posted by Fernanda at 10:39 AM (imagens)

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