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terça-feira, dezembro 17, 2002  


Essa tal de natureza humana


Cada dia mais vejo a amizade como uma dimensão sagrada. As pessoas crescem, amadurecem e as distinções vão se tornando difíceis. Distinções entre a pessoa que é e a que não é.
Tenho sentido dificuldade em saber em quem confiar, porque me parece que à medida que as velinhas do bolo aumentam de número, aumenta a malícia, a dissimulação, a inveja, a competitividade e várias outras maravilhosas virtudes que o mundo difunde.
E, em uma fração de segundo, muito prazer, eu sou o monstro que você mesmo alimentou e cuidou e pôs pra dormir. Sou a versão adulta e amarga de você mesmo. Sou real e irreversível.


Aquele jornalista que você admirava demonstra uma ignorância e uma futilidade inacreditáveis. Uma inveja disfarçada de ironia, uma prepotência se fingindo de humor. Então era tudo de plástico. My fake plastic love. Que pena…
Pena que as lágrimas do presidente foram em vão. Lágrimas pela luta e pela pátria. Que o jornalista ignorou. Pra comentar um episódio supérfluo e se tornar tão hipócrita quanto aqueles que deram notoriedade à arrogância de uma meia dúzia de gatos pingados. Esqueceu que mentes brilhantes discutem idéias. Esqueceu de dissecar as palavras da nossa bandeira. Esqueceu, jornalista. Ao menos se lembrou de Almodóvar e de sua poesia em forma de cinema. Mas das lágrimas da nossa terra você esqueceu... Infelizmente.


Você descobre no mesmo dia que aquele amigo com quem você se identificava é só mais um querendo se dar bem. É só mais um que simplesmente não se importa. Com você nem com ninguém. Ele mesmo, que te elogiou, que te procurou, que te pediu. Agora você tá na merda. E ele simplesmente não se importa. Quem mandou acreditar nas pessoas?


Eu tenho nojo dessas relações que se estabelecem por interesse, por conveniência de ambas as partes. (As parasitárias são ainda piores.) Muita gente me acha antipática por isso. Distante, metida, não sei. Mas falsidade, não, obrigada.


Uma amiga liga, no meio da tarde, preocupada com meu post melancólico. Pergunta se eu estou bem, se estou feliz, diz que está com saudades, que quer me ver. Chego à conclusão de que meu pai sabe das coisas. Porque as melhores amizades já estão concretizadas antes que você saia da escola. Não sei se estou numa fase muito desiludida, mas acho que quanto antes, melhor. Se você tem uma amiga desde os tempos de carrinho, você é uma pessoa feliz.
Poucos amigos de verdade. Muito poucos. E não imagino minha vida sem eles.



"I miss the innocence i´ve known." Wilco
   posted by Fernanda at 7:38 PM (imagens)

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